Segunda-feira, 23 de Junho de 2014

A elevação

Elevação:

1. Acto de elevar; ascensão. 2. Distância desde o solo, ou a partir de um ponto dado; altura. 3. Lugar que fica sobranceiro; eminência; outeiro, colina. 4. Aumento. 5. Exaltação a uma dignidade. 6. Grandeza, nobreza; distinção.

 

Tiago Bettencourt - Aquilo que eu não fiz

 

 

E é o ponto 6 que me interessa particularmente. "Grandeza, nobreza; distinção". Falta-nos elevação, seja em que debate for... neste caso interessa-me o debate político.

Não custa reconhecer que errámos. Custa no entanto, constatar que há líderes agarrados ao poder sem o mínimo pudor.

Sem saídas profissionais, Seguro agarra-se aos estatutos de forma mesquinha e até imoral. Não nos devemos esquecer que alterou os estatutos a gosto e definiu uma forma estatutária de se prepetuar no poder.

 

 

 

 

Onde está a nobreza de um fulano que se agarra às leis... como se não fossem feitas por homens. Necessariamente imperfeitos, necessariamente atrasados.

O caminho não é esse. Se Seguro olhar para dentro, vai entender...

 

 


publicado por BigJoao às 03:03
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Terça-feira, 20 de Maio de 2014

O retorno

Como a chuva de verão, um sol de inverno, sinto-me uma espécie de sobrevivente, contra tudo e contra todos.

 

 

Mas não é verdade. Família e amigos são um apoio indispensável seja para quem for e eu não sou excepção. Ainda bem porque os tenho muitos e bons.

Os acontecimentos sucedem-se a um ritmo absurdo.

 

O mundo adoeceu. O dinheiro e a fama elevados a valor, no altar do "desenvolvimento" e da "modernidade". Sinto que não passamos de parolos quando esquecemos as coisas simples, quando desleixamos as emoções básicas.

Perdemos a capacidade empática para com o outro. Talvez demasiados programas de "Apanhados" na TV nos estejam a deixar a pele mais grossa, as emoções mais rijas. Os Coelhos desta vida, indiferentes ao sofrimento alheio, inconscientes das suas próprias limitações e mediocridade. Os Portas carregados de estratégias de silêncios bem geridos, de enriquecimento e ganância. Ambos incapazes de fazer o que está certo e depôr os milhares, as dezenas ou centenas de milhar de pessoas nomeadas para o aparelho de estado durante 4 décadas e que não são necessárias. Que se entretêm uns aos outros sem propósito.

 

Não, a solução não está em ter políticos profissionais, nem deputados profissionais, sem conhecerem a vida real. Enchem a boca a falar de eficiência e de rentabilidade dos portugueses e não tratam de fazer um exercício de auto-crítica. Quanta da ineficiência é causada por legislação desconexa, produção de leis sobre leis, alterações constantes sem rumo? Se os centros de decisão já não estão em Portugal, então quem elege os decisores? Quem elege os Barrosos, os Shultzs, os Junqueres desta europa?

 

Acredito muito nesta frase de Gandhi: "Começa em ti a mudança que queres ver no mundo".

 

Vamos ser todos melhores pessoas, melhores profissionais e tudo vai melhorar.

 

Aretha Franklin - Think


publicado por BigJoao às 00:34
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Domingo, 16 de Junho de 2013

O estado das coisas

Há dois anos que respeitamos o resultado das eleições legislativas, ainda não nos revoltámos nem houve nenhum levantamento popular contra este governo. Somos um povo estranho, quase parece que nos sentimos culpados por termos votado como votámos (eu não votei nele, mas respeito as regras da democracia).

 

Pedro Passos Coelho (PPC) foi talvez o primeiro ministro mais mal preparado alguma vez eleito. Sem carreira académica de relevo nem carreira profissional digna de nota, é natural que não saiba fazer as coisas. Que não saiba trabalhar.

 

Foto: Diário de Notícias

 

Para quem aparenta acreditar tão piamente na economia de mercado, espanta-me que nem sequer repare nos números. Para quem quis tanto ser primeiro ministro, espanta-me a falta de soluções alternativas às políticas que tem defendido, como se fossem as únicas possíveis, como se fossem inevitáveis. Triste político, o que acha que só existe um caminho.

O problema de PPC é que Gaspar até pode torturar os números tentando que eles revelem uma face limpinha da moeda, mas nunca conseguirá apagar a outra face. Já nem sabemos os números correctos do desemprego, pois todos os dias sabemos de pessoas que abandonam o país. Já nem sabemos o valor do défice, pois é sempre mais que o anunciado.

Curiosamente, tenho a sensação que a medida mais penalizadora, a que significou um ponto de viragem, foi mesmo a subida do IVA na restauração para 23%.

 

PPC e Gaspar só têm uma comparação no plano económico internacional, só é comparável a Robert Mugabe!!! Espantados!? Como é possível ignorar a quebra a pique das receitas fiscais!? Só há uma explicação, Gaspar tal como Mugabe, não compreenderam quais eram os motores da economia nacional.

Arruinou as pequenas e médias empresas (médias à escala portuguesa), espinha dorsal da economia e das receitas fiscais. E continuam sem compreender a economia que governam!! Anunciam apoios ao investimento, mas só para empresas que decidam investir mais de 5 milhões de euros!!! Quem é que tem mais de 5 milhões de euros para investir!? Quem os tem vai investir numa economia onde não há justiça, onde as lei mudam todos os anos, onde não há estabilidade fiscal?

Os cafés e restaurantes que fecharam, eram o ganha-pão das receitas fiscais, o problema é que não vão voltar a abrir.

 

PPC talvez só entenda as coisas pela via revolucionária violenta...

 

Robin Thicke - Blurred Lines ft. T.I., Pharrell


publicado por BigJoao às 20:46
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Sexta-feira, 8 de Março de 2013

A manifestação

Cheguei ao Marquês de Pombal à hora marcada. As meia dúzia de pessoas presentes desanimariam qualquer um. Ao fim de vinte minutos fui até ao cimo da avenida da Liberdade e o sentimento mudou. A avenida estava completamente cheia até onde a vista alcançava. Calma e sem grandes alaridos, uma quantidade impressionante de pessoas manifestou-se.

 

2 de março de 2013

 

Percebia-se que quem lá esteve, esteve como eu. Sem experiência em manifestações, só com o desejo de fazer uma declaração. A de que quem votou neste governo, não votou nisto (e eu nem sequer votei neles). A de que quem falha previsões em 100%, não merece crédito. Sim! Quem prevê uma recessão de 1% e acaba a verificar que ela é de 1,9%, é como um mecânico que afirma que a reparação fica em 500€ e no final pede 1000€. A um mecânico assim chamamos aldrabão, a um ministro chamamos o quê?

Não se vislumbra no horizonte uma única medida que revele solideriedade dos políticos eleitos com os sacrifícios da população que os elegeu. O grupo parlamentar do PS troca de carros e compra Audi A5 em vez de BMW série 5, como se isso fosse relevante, não se observam quaisquer medidas de emergência como se a sociedade não estivesse em sofrimento. Os empresários da restauração suicidam-se, os desempregados aumentam todos os dias, os sem abrigo vêem-se por todos os lados e cada vez mais.

 

No meio disto tudo, ontem vejo um António Borges defender a privatização da TAP por alegadas "interferências políticas na sua gestão". Não querendo ficar atrás, Passos Coelho fingiu que a manifestação não trouxe 1 milhão de pessoas para a rua, colocou a cabeça na areia e pressistiu (verbo que muito lhe agrada) teimoso, em governar contra os portugueses. Tornando miseráveis os seus concidadãos. Onde espera chegar com esta atitude? Desconheço. Assim como desconheço quem queira votar nele... talvez lhe baste como futuro um lugar de administrador num banco. Para um primeiro ministro mediocre, ambições mediocres.

 

 

Patxi Andion - Me esta doliendo una pena



publicado por BigJoao às 22:37
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Quinta-feira, 27 de Setembro de 2012

Manifestações

Manifestei-me? Claro que sim!! Não aceito políticas erráticas implementadas só "porque sim".

Vai surgir uma solução? Nem por isso. Acredito que vão surgir pequenas soluções, se houver tempo... se o sistema não tombar de podre.

Vamos viver num estado de direito? Não. Excepto se a justiça se levar a si própria a sério e começar a julgar com base no espírito  da lei.

 

 

É interessante espreitar o termo "Justiça" na enciclopédia. Dá-nos a real dimensão da distância que temos a percorrer. É quase assustador.

A equidade por exemplo (simbolizada pela balança), onde está a equidade!? A imparcialidade (simbolizada pelos olhos vendados) não passa de uma miragem. A coragem (simbolizada pela espada) não passa de uma anedota nos dias de hoje.

 

Não me refiro aos processos pequenos em que um sem abrigo rouba um polvo e um champô, porque nesses a coragem necessária não é superior à necessária para atravessar a rua, a imparcialidade até acredito que exista, já a equidade... enfim.

 

Ontem vi um casal de idosos, até com bom ar, furtar pão no supermercado! Pão!!!!!!!!

O que fazer? Claro que não os denunciei, pagar-lhes o pão só os iria envergonhar, pelo que sobrava deixar as coisas entregues ao destino.

 

Outro aspecto prende-se com alguns dogmas existentes no sistema de justiça. Por exemplo, os filhos devem ficar sempre a cargo da mãe. Como diria um qualquer jurista, "in dubio para a mãe".

 

Presuntos Implicados - Alma de Blues


publicado por BigJoao às 00:52
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Quinta-feira, 16 de Agosto de 2012

Tenham vergonha

Aqui fica um trabalho fabuloso e também o original.

 

O original:

 

 

O "Bandex" fez isto com este discurso. É fabuloso e criativo:


publicado por BigJoao às 21:20
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Segunda-feira, 13 de Agosto de 2012

A mochila e o submarino

Pareço um autêntico tomate maduro. Dois dias de praia, um soninho retemperador e aqui estou eu. A brisa doi-me ao passar pela pele, as pernas em chaga, os olhos a arder. Estou tãooo sensível. :D

 

Enquanto tento recuperar o meu ar sóbrio o país procura os documentos dos submarinos. Lembro-me que na altura em que o Paulo Portas saiu do ministério da defesa os jornais comentaram o número impressionante de fotocópias que o seu gabinete contabilizou nos últimos dias de mandato. Será possível que se esteja à procura dos originais e afinal ele só deixou as cópias?

O actual ministro dos negócios estrangeiros deveria ser o principal interessado em que os documentos fossem encontrados, pois de outra forma ficarão sempre as suspeitas e as perguntas sobre os motivos pelos quais os documentos desapareceram e a quem interessa que continuem desaparecidos. Mas parece que o ministro não fica sequer incomodado com tal suspeita, enclausurou-se nos Açores onde se desligou do mundo.

Hoje fui ao supermercado com a minha mochila às costas, perguntei ao segurança se podia entrar e parece que sim, que podia. À saída a mochila fez apitar o detector de furtos e eu, sem ninguém me pedir, esvaziei a mochila pois a suspeita estava lançada e foi para mim inaceitável que a mera sugestão de acusação se mantivesse. Parece que a loja onde comprei a mochila devia ter tirado o alarme e não o fez.

Toda esta história para dizer que estranho a falta de reacção do ministro, para mim e para qualquer cidadão honesto, este tipo de situações têm de ser esclarecidas. Para um ministro envolvido directamente no processo, sabendo que o país da empresa que vendeu os submarinos já condenou a gestão por ter pago subornos, o assunto não lhe merece uma única palavra!?!?

 

Algo tem que estar muito errado... muito errado mesmo! Quando alguém não se dá ao respeito, não merece ser respeitado, muito menos uma pessoa que anda permanentemente a falar de moral e bons costumes e se assume defensor dessa moral.

 

 

 


publicado por BigJoao às 16:28
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Domingo, 15 de Julho de 2012

Cortar a Relva

Malditas formigas! Parece que nascem por todo o lado. Todos os dias limpo isto e no dia seguinte lá estão elas, parece que descobrem nutrientes onde os olhos mais treinados não veem mais que manchas.

 

 

 

Parece que não há limites para este ministro. Depois do caso do Público, agora o caso da licenciatura... será que não entende (e o Sócrates também não) que o cargo que ocupa lhe dá muito mais prestígio que a "licenciatura"? Pergunte aos inúmero licenciados a trabalhar em Call Centers qual o prestígio que sentem quando recebem o cheque de 500€ ao fim do mês. Sim porque não foi para adquirir técnicas nem competências que fez o esforço hercúleo para obter o canúdo!

 

A mais completa mediocridade chegou ao poder. Já começo a duvidar se o das finanças entenderá alguma coisa da respectiva pasta.

Todos temos o que merecemos e nós como povo não somos excepção. Quisemos pagar mal aos políticos? Enquanto os bons se afastaram para cargos mais interessantes, os menos bons encontravam esquemas de conseguir ganhar o mesmo ou mesmo mais. Quisemos cortar-lhes uma série de benefícios? Os que sobraram arranjaram formas de ganhar ainda mais. O problema é que os mediocres que sobram não têm pudor nem consciência ou vergonha, agarram-se ao poder com super-cola e só saem obrigados. Obrigados ou com as contas bancárias recheadas.

 

 

Uma marcha de mineiros é que nos fazia falta!

 

 

Jessie J - Domino


publicado por BigJoao às 18:38
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Sexta-feira, 6 de Abril de 2012

O torpor

Fui procurar o significado da palavra crise e achei interessante o que encontrei.

 

Crise - "estado de um doente que se deve à luta entre o agente agressor infecioso e as forças de defesa do organismo.

Manifestação violenta, repentina e breve de um sentimento, entusiasmo ou afeto; acesso: crise de gargalhadas; crise de arrependimento.

Fig. Momento perigoso ou difícil de uma evolução ou de um processo; período de desordem acompanhado de busca penosa de uma solução: a adolescência é uma crise necessária."

 

Estamos em crise, somos portanto doentes em busca penosa de uma solução. Podemos procurar a solução sozinhos ou em grupo, sabendo à priori que, sozinhos é muito mais difícil e talvez nem todos a vamos conseguir encontrar. Então a solução passa por congregar esforços, cerrar fileiras e juntarmo-nos à volta dum projecto que nos motive, que nos arranque deste torpor de país moribundo. Não estamos moribundos.

Vestimos uma pele portuguesa que nos tem bastado durante séculos para resistirmos às maiores violências, às maiores dificuldades. É vulgar distrairmo-nos com a nossa própria dor, que dá voz ao fado, ou distrairmo-nos com o barulho das luzes do lucro fácil, tentando arrepiar caminho, mas nunca recuamos perante adversidade.

 

Venha de lá o projecto nacional, por favor mudem os actores, que estes são autistas políticos, ou então plantem uma ideia ou duas na cabeça do lider.

 

 

Abri um bar. Tenho mais cursos e formação profissional que qualquer golfinho amestrado e não consigo trabalho. "Tem um curriculum demasiado bom"!?!? Demasiado!? Óptimo! Explore-me! apetece responder.

Acredito que nesta altura da crise, só projectos que criem novos negócios podem funcionar. Ninguém vai dar trabalho a ninguém. As coisas vão mudar para muita gente. Os anti-depressivos vão ser o negócio desta próxima década.

Acredito nisto. Quem acreditar comigo, venha beber uma cerveja ao Bar da ANL (remo) na Doca de Santo Amaro.


publicado por BigJoao às 17:08
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Quarta-feira, 7 de Março de 2012

O crime

A vida está difícil para continuar a ser português. Para continuar em Portugal.

 

Já nem comento as medidas avulsas que diariamente o governo bolsa. Acho que se esqueceram que a sua função é legislar e agora "tomam medidas".

 

Os portugueses são um povo incrível. Aguentam as maiores barbaridades. Talvez por se sentirem culpados por não conseguirem encontrar líderes melhores. Pura e simplesmente aguentam. Também há os que não resistem, http://www.publico.pt/Sociedade/especialistas-em-saude-publica-associam-excesso-de-mortalidade-a-crise-economica-1536215

 

 

Na Síria as pessoas revoltam-se e morrem; são assassinadas. Em Portugal as pessoas resistem e morrem. Não será isto uma forma de homicídio?

Do Sócrates ao Vara, do Coelho ao Jardim, todos deviam ser julgados pelos seus actos criminosos, mas não em Portugal. Deviam ser julgados pelo Tribunal Penal Internacional por actos terroristas contra a população. Exactamente como o Saddam Hussein foi julgado pelo mesmo motivo. Afinal de contas há portugueses a morrer em consequência de parcerias publico-privadas terroristas, de remodelações de escolas a custarem 5 vezes o orçamentado e por aí fora. Tudo isto porque, parece que o betão faz crescer dinheiro na conta de quem o encomenda. Tanto que há empresas dispostas a financiar obras estapafurdias.

 

Sim é criminoso o que fizeram a este país. Este video é elucidativo: Opinião Pública - Corrupção

 

Espero que o português não esqueça o que lhe andaram a fazer neste início de século. O século XXI. Isto claro, se entretanto não nos revoltarmos e decidirmos partir isto tudo... indícios disso não faltam. Não me lembro de alguma vez uma repartição de finanças ter sido assaltada.


publicado por BigJoao às 11:39
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