As relações, os afectos, os filhos, a família, os amigos, os colegas, os cursos, as certificações, o trabalho, os bens ... qual é a medida do sucesso? Qual é a medida do falhanço?
É difícil sentir-me bem em mim. Por vezes preciso do silêncio, preciso de estar comigo. Saí de casa com a chuva a cair. Protejo o livro dentro do casaco, não gosto de ver livros com páginas molhadas de chuva. Não vou ler, quero simplesmente a sua companhia. Aquele cantinho acolhedor resguardado dentro do casaco.
Respiro. Inspiro aquele ar frio... expiro-o já processado. Nada de especial, sempre o fiz. Sempre não! Houve aquele dia em que te estava a chatear de propósito irmã. Era grande mas imaturo, como todos os rapazes de 15 anos a chatear as irmãs são. Já não me conseguias bater sem que o deixasse. Deste-me um murro nas costas e de repente parei de respirar. Incrédulo quis inspirar e não consegui, uma, duas, três tentativas e nada... já deitado no chão lá comecei a conseguir. Não foram mais de 20 segundos mas foi assustador.
Hoje olho para trás e sei que fiz o que tinha que fazer. Melhor ou pior, fiz. Não me devia sentir derrotado, sem vontade. Nem eu nem os outros 16,9% de desempregados.
Hands on Approach - Days of Our Own
Ainda não faz um ano que andava por aí um fulano a interpretar o personagem de primeiro ministro. Ainda nem há um ano "estávamos todos bem", com o desemprego a aumentar, mas embuidos de um optimismo inspirado por esse ator. Afinal de contas, "não era possível que nos estivesse a enganar tão enormemente"!
Pois é, mas estava! Ia pedindo cada vez mais dinheiro emprestado para pagar as inúmeras obras que tinha de contratar aos "amigos". Até que mais ninguém lhe quis emprestar ao juro a que estava habituado... sem dinheiro, é mais difícil fazer política... decidiu ir estudar filosofia para a Sorbonne. Parece que à terceira conseguiu entrar no curso, recorrendo à influência (vulgo cunha) do embaixador...
Para trás deixa-nos a nós, portugueses de gema e seus conterrâneos, a braços com uma das piores e mais graves crises desde que há democracia em Portugal. A troco de um novo museu dos coches de proporções bíblicas, de uma barragem no Tua que irá produzir para uma população inexistente, de parcerias nos hospitais públicos, deixa-nos na maior miséria. Enquanto Vara e Coelho recebem cerca de 700.000€ por ano cada, os portugueses vêm-se a braços com níveis de desemprego record, com desigualdades sociais de que não tenho memória.
Quando li esta notícia no jornal fiquei chocado. “Preciso de pôr comida na mesa”. Quando o que está em questão é a fome, é a vida dos que nos são queridos, vale tudo. Mas até no desespero existe dignidade, o ladrão não fez mal à empregada, pediu-lhe o dinheiro e saiu.
A alienação da realidade, a mais absoluta inconsciência deste "senhor engenheiro", trouxe-nos a isto. A maior indignidade, o abuso de poder. Prenda-se o senhor engenheiro por malfeitorias à nossa pátria. Nacionalizem-se as suas contas na Suíça e moralizem-se os cargos de gestor das empresas públicas!
Se alguém me estiver a ouvir, esqueçam a ideia de reduzir o horário dos transportes, ok!!? Esqueçam!
Esta história da higiene dá cabo de mim aqui neste país.
Hoje fui à casa de banho no banco, o que evito o mais possível, inclusive para lavar as mãos. Parece que tenho as mãos sempre mais limpas do que podem ficar se as lavar por lá. Não sei se é de haver sempre água no chão, ou do que será...
Nunca entendi muito bem a necessidade de escrever nas portas das casas de banho, mas pelos vistos é algo de compulsivo e universal! Esta gente não foge à regra. Imaginem uma porta cheia de rabiscos em árabe por ali fora, sem nenhum símbolo internacional. O que será que escrevem?
A escrita árabe é feita da direita para a esquerda. A numeração é incrivelmente mais simples de ler quando lida desta forma, é a sequência natural durante a leitura. Os símbolos de maior > e menor < alteram-se; < este passa a ser o maior e > o menor... que confusão!!! As vogais são interessantes. são compostas por um símbolo com um acento, o seu som só depende do acento e não têm o E e o U. Tudo o resto são consoantes. Daí terem aqueles sons muito arranhados e aspirados.
Outro aspecto engraçado é que não há uma tradução oficial para os nomes das terras, é feita consoante o som e o critério de quem escreve. A terra onde trabalho tem tabuletas escritas de 3 formas distintas e estão todas certas. Aqui está um país que eliminou habilmente os erros ortográficos.
Não se riam... se o Sócrates se lembra desta ... lá teremos uma Çantarém, ou um Sernaxe de Bomjardim Já para não falar na Cedofeita... ooops esta é mesmo assim
Para ouvir:
He he he, quem disse que os advogados tinham o exclusivo do facciosismo? Topem esta:
Argumentação de um 'engenheiro' português que foi apanhado a 250 Km/h numa estrada onde o limite era de 70 Km/h.
Ex.mo Sr. Dr. Juiz,
Meretíssimo:
Confirmo que vi na estrada a marca de 90 em números negros inscritos num círculo vermelho, sem qualquer informação de unidades.
Ora, como sabe, a Lei de 4 de Julho de 1837 torna obrigatório em Portugal o sistema métrico, e o Decreto 65-501 de 3 de Maio de 1961, modificado de acordo com as directivas europeias, define, como unidade DE BASE LEGAL, as unidades do Sistema Internacional, SI. Poderá confirmar tudo no site do Governo.
Ora, no sistema SI, a unidade de comprimento é o 'Metro', e a unidades de Tempo é o 'Segundo'. Torna-se portanto evidente que a unidade de Velocidade é o 'Metro por Segundo'. Não me passaria pela cabeça que o Ministério aplicasse uma unidade diferente.
Assim sendo, os 70 Metros por Segundo correspondem, exactamente a 252 Km/h. Ora a Polícia afirma que me cronometrou a 250 Km/h o que eu não contesto. Circulava portanto 2 Km/h abaixo do limite permitido.
Esperando a aceitação dos meus argumentos, de V. Exa..
António Trolaró
(Engº Civil)
NOTA: O ENGENHEIRO NÃO FOI CONDENADO!
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