Segunda-feira, 20 de Maio de 2013

Unilever fecha fábrica de detergentes em Sacavém

 

 

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=3224330

 

Hoje li esta notícia e lembrei-me que durante anos a Unilever fez pressão para que esta fábrica fechasse e durante anos a JM impediu. Finalmente levam a deles avante.
Estas empresas sempre foram conhecidas como modelos de rigor, exigência e excelência. Mudam-se os tempos, muda-se o consumo e os nossos hábitos. Os detergentes em pó deixam a pouco e pouco de ser usados, dando lugar aos líquidos. Ninguém constroi fábricas de detergentes líquidos na europa podendo construir no Bangladesh.

 

Trabalhei durante dois anos nesta fábrica que agora fecha. Foi uma experiência rica. Enquanto se trabalha num escritório a pressão, embora elevada, não é nada que não seja "argumentável", numa fábrica não é assim. Uma linha de embalagem parada é uma realidade incontornável. Igualmente contrasta o resultado, enquanto no escritório o resultado é a proposta para o cliente, a apresentação, na fábrica o resultado está ali, é palpável... paletes de skip, embalagens de Sunlight.

 

Esperemos que não se torne em mais um exemplo de conhecimento que se dispersa e perde, mais competências que se vão. O que fazer agora com aquele espaço? Mais apartamentos? Muitas questões e poucas respostas.

 

A facilidade com que os portugueses dispensam o saber, acompanha-nos desde os decobrimentos, quando D. Manuel "correu com" os judeus para agradar aos reis católicos. Os holandeses agradeceram e puderam então iniciar o seu próprio programa de descobrimentos, obtendo de uma assentada a navegação noturna, os mapas atualizados, navegadores experientes...

 

Robbie Williams - Advertising Space


publicado por BigJoao às 13:48
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Terça-feira, 29 de Março de 2011

A fruta

Hoje cheguei ao trabalho e dei de caras com um furgão a anunciar fruta fresca. O conceito é basicamente a entrega de cestos de fruta a pedido, onde o cliente indica. Vem este post a propósito de que, a imaginação é fértil.

 

Este é um serviço que existia há uns 40/50 anos atrás, mal pago, sem nenhum prestígio associado, prestado sem qualquer preocupação de higiene ou embalagem e que se vê hoje re-inventado.

 

Fomos e somos um povo empreendedor, já passámos por crises no passado e seguramente não vai ser esta a deitar-nos abaixo. Re-inventemos pois as antigas profissões. Aproveitemos a floresta, o mar, o campo. Resineiros, pescadores, limpa chaminés, vendedores de castanha assada, pastores, moleiros. Nada nos impede de darmos uma nova roupagem a estes serviços, a estes produtos e reinventá-los. São pequenos negócios numa escala compatível com a bolsa das pessoas em "fundo de desemprego", que podem recuperá-las economicamente, psicologicamente até.

Floresta

 

 

A crise não é só dos políticos, a crise também é nossa.

 

sinto-me: bem

publicado por BigJoao às 15:36
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Quinta-feira, 23 de Julho de 2009

A centena

Meus amigos e amigas. Para comemorar o meu centésimo blog, :) venho "postar" (adoro este neologismo!!! :)) um texto que não é meu e também não sei de quem é. :)
A verdade é que o achei delicioso, de morrer a rir. Por isso vale a pena. :) :) Quem quiser opinar, já sabe o que fazer. :)



Estava eu a ver TV numa tarde de domingo, naquele horário em que não se pode inventar nada para fazer, pois no outro dia é segunda-feira, quando a minha esposa se deitou ao meu lado e começou a brincar com minhas "partes".
Após alguns minutos ela teve a seguinte ideia:
- Por que é que não me deixas depilar os teus "ovinhos", pois assim eu poderia fazer "outras coisas" com eles.
Aquela frase foi igual a um sino na minha cabeça. Por alguns segundos imaginei o que seriam "outras coisas". Respondi que não, que doeria coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação e eu a imaginar as "outras coisas", não tive argumentos para negar e concordei.
Ela pediu-me que me pusesse nu enquanto ia buscar os equipamentos necessários para tal feito. Fiquei a ver TV, porém a minha imaginação vagueava pelas novas sensações que sentiria e só despertei quando ouvi o beep do microondas.
Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns pedaços de plástico. Achei estranhos aqueles equipamentos, mas ela estava com um ar de "dona da situação" que deixaria qualquer médico urologista sentir-se um principiante.
Fiquei tranquilo e autorizei o restante processo. Pediu-me para que eu ficasse numa posição de quase-frango-assado e libertasse o aceso à zona do tomatal.
Pegou nos meus ovinhos como quem pega em duas bolinhas de porcelana e começou a espalhar a cera morna. Achei aquela sensação maravilhosa! O Sr. "tolas" já estava todo "pimpão" como quem diz: "Sou o próximo da fila!"
Pelo início, imaginei quais seriam as "outras coisas" que aí viriam. Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou-os no plástico com tanto cuidado que eu achei que ia levá-los de viagem. Tentei imaginar onde é que ela teria aprendido essa técnica de prazer: Na Tailândia, na China ou pela Internet?
Porém, alguns segundos depois ela esticou o "saquinho" para um lado e deu um puxão repentino. Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro "PUUUUTA QUEEEE PARIUUUUUUU", quase gritado letra por letra.
Olhei para o plástico para ver se a pele do meu tin-tin não tinha vindo agarrada. Ela disse-me que ainda restavam alguns pelinhos, e que precisava repetir o processo. Respondi prontamente: Se depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!
Segurei o Sr. Esquerdo e o Sr. Direito nas minhas respectivas mãos, como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazónica em extinção, e fui para a banheira. Sentia o coração bater nas "pendurezas".
Abri o chuveiro e foi a primeira vez na minha vida que molhei a salada antes de molhar a cabeça. Passei alguns minutos deixando a água gelada escorrer pelo meu corpo. Saí do banho, mas nestes momentos de dor qualquer homem se torna num bebezinho: faz merda atrás de merda. Peguei no meu gel pós-barba com camomila "que acalma a pele", besuntei as mãos e passei nos "tomates".
Foi como se tivesse passado molho de piri-piri. Sentei-me no bidé na posição de "lavagem checa" e deixei a água acalmar os ditos. Peguei na toalha de rosto e abanei os "ditos" como quem abana um pugilista após o 10° round.
Olhei para meu "júnior", coitado, tão alegrezinho uns minutos atrás, e agora estava tão pequeno que mais parecia o irmão gémeo de meu umbigo.
Nesse momento a minha esposa bate à porta da casa de banho e perguntou-me se eu estava bem. Aquela voz antes tão aveludada e sedutora ficou igual a uma gralha. Saí da casa de banho e voltei para o quarto. Ela argumentava que os pêlos tinham saído pela raiz, que demorariam a voltar a crescer. Pela espessura da pele do meu tin-tin, aqui não vai nascer nem sequer uma penugem, disse-lhe.
Ela pediu-me para ver como estavam. Eu disse-lhe para olhar mas com meio metro de distância e sem tocar em nada, acrescentando que se lhe der para rir ainda LEVA!!
Vesti a t-shirt e fui dormir, sem cuecas. Naquele momento sexo para mim nem para perpetuar a espécie humana.
No outro dia de manhã, arranjei-me para ir trabalhar. Os "ovos" estavam mais calmos, porém mais vermelhos que tomates maduros. Foi estranho sentir o vento bater em lugares nunca d'antes soprados.
Tentei vestir as boxers, mas nada feito. Procurei algumas mais macias e nada. Vesti as calças mais largas que tenho e fui trabalhar sem nada por baixo.
Entrei na minha secção com uma andar igual ao de um cowboy cagado. Disse bom dia a todos, mas sem os olhar nos olhos, e passei o dia inteiro trabalhando de pé, com receio de encostar os tomates maduros em qualquer superfície.
Resultado, certas coisas só devem ser feitas pelas mulheres. Não adianta nada tentar misturar os universos masculino e feminino.

Autor que desconheço

PS: Só de imaginar, arrepia!!!!! Bem haja o autor, por tão sábias palavras!!! :)


publicado por BigJoao às 17:39
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Domingo, 19 de Outubro de 2008

O Vasilhame

Os sites sociais têm tudo a ver com a imagem. Claro que existe o resto, a conversa, o trato, as ideias, etc. mas, continua a ser curto. Como meio de comunicação é muito limitado.

Confesso que começo a ficar farto da importância do vasilhame. Claro que a imagem é importante, mas não lhe dêem mais importância do que aquela que realmente tem. As ideias são importantes sim, mas as ideias não são tudo, há comportamentos, há os gestos, etc...
Para que querem as pessoas criar imagens idílicas à sua volta, se depois interiormente estão em desarmonia com o mundo? Somos todos humanos, mas alguns parecem mais iguais que outros. Parecem achar que não têm valor se não se rodearem de uma série de estereótipos de pseudo-bem-estar.



Amanhã vejo isto melhor, também eu estou em contra-ciclo com o mundo. Como a economia.
Nem consigo transmitir o que sinto.

E que sinto eu?

Um vazio, um espaço enorme cá dentro que já esteve preenchido, completa e absolutamente preenchido, que transbordava de vida, planos e ideias. Afinal esvaziou-se como um balão de ar.
Estou plenamente convencido (maluco mas convencido) que tal preenchimento atentava contra a ordem natural do mundo. Senão vejamos:

1. Em Março o Barril do petróleo estava a 70$, não parou de subir, atingindo os 140$. Desde Setembro até agora, não parou de descer, já vai em 62$/barril. O que estava a ser quase insuportável, tornou-se simples.
2. As despesas dispararam levando a uma pré-bancarrota. Em Setembro recebo a devolução do IRS que vem re-equilibrar as coisas.
3. Do lado contrário, o emprego quase voou, aparentemente já voltou a estar seguro.
4. Existia uma viagem em perspectiva, ironicamente desapareceu, voltando a aparecer agora.

Que sinto eu? Que sinto eu? Que sinto eu? O que é que eu sinto? Sim! O que é que eu sinto!?

Sinto-me um boneco manipulado pela vontade dos deuses. O que me estará reservado, se não pode ser o que quero, como podem vocês subir o petróleo, cortar o emprego, cancelar viagens?
Vocês estão tramados comigo, o que é que pensam que me põem a fazer? Acham que a minha vida vai ser como vocês planearam? Onde fica o livre arbítrio no meio disso tudo?

Não devíamos andar cá para sermos felizes? E isto! É alguma forma de felicidade? Bem sei que podia ser realmente infeliz...

ok, eu obedeço e resisto e aguento e não choro e não desisto e fico e finjo que estou bem e ... um dia desmonto-me.


publicado por BigJoao às 18:20
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