Fixou o símbolo de fabrico da faca com um súbito e desajustado interesse. Os olhos subitamente brilhantes de incompreenção. A pergunta voltou, sem que nenhuma justificação alguma vez fosse boa, alguma vez chegasse para satisfazer a emoção.
O silêncio dominou a mesa, a esplanada, a rua. Os carros lá fora pararam, as pessoas deixaram de passar, de falar, de rir.
Ele voltou a explicar, a expôr as suas razões, mas nada justifica o que não tem explicação. Fez gestos amplos, embora contidos, os lábios mexeram-se mas não saiu nenhum som. Pelo menos ela não ouviu nenhum som.
Pediu mais água. Bebeu mas continuou com sede. A comida no prato, sem conseguir abrir passagem pela garganta até ao estômago.
Concentrou a atenção no copo, sem reparar nos 20cl de capacidade, ou no símbolo pintado no vidro. Olhou-o sem o reconhecer. Repensou todo o percurso, quis desaparecer, quis ... e foi o que fez.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. Amei
. e tu?