Marcou os números no telemóvel.
- Está!?
- Boa noite, é da casa da Irene!?
- É.
- Servem jantares hoje, ou estão fechados!?
- Servimos sim. Quantas pessoas são!?
- Um adulto e três crianças.
- O que é que querem comer!? Temos cabrito, mas se quiser outra coisa...
- Pode ser cabrito sim. Pode ser às oito e meia!?
- Está bem. Assim é mais rápido, não têm que esperar. Como é que tem este número!?
- Foi aqui no turismo rural que me deram.
- Ahhh. Então fica para as oito e meia.
- Ok. Até já.
Saiu para a rua. O ar aqui tem sabor, tem cheiro saudável e rico. Olhou à volta, distinguem-se umas montanhas ao fundo, talvez já seja Espanha. Ouvem-se os pássaros chilrear e ruídos de campo, de agrícultura, de rebanhos. Porque é que abandonámos o campo e nos encaixotámos em cidades!? Não me consigo lembrar... terá sido a revolução indústrial!? Não me lembro... talvez...
Paro o carro num largo. Os miúdos e miúdas da aldeia jogam à bola sem preocupações aparentes. Estamos nas férias da Páscoa e férias são férias.
Os olhares não nos largaram no percurso do carro à casa da Irene. O jantar demorou pouco e foi excelente, a conversa foi melhor ainda e esticou o jantar para três horas. Simples a D. Irene, com convicções de aço temperado em trabalho e olho para o negócio.
No dia seguinte um pequeno almoço variado e gravuras rupestres. As gravuras ganham vida com a explicação. Tudo se ilumina, a imaginação acende-se...
A felicidade são coisas simples... muito simples.
James Asher - Ijeilu ( audição obrigatória, imaginar uma praia deserta com palmeiras, areira branca e mar azul turquesa )
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