O dia rasgou a noite, como o sol rompeu a chuva. De tempos a tempos procuro o arco-íris sem o descobrir.
Mariza - Chuva
A vida continua a surpreender-nos aqui e ali, mas as emoções fortes são o que nos faz sentir vivos.
Por vezes somos fortes, outras frágeis, outras somos só espectadores.
Não consigo ser inteiro, nem alto, nem distinguir o principal. Busco o principal mas o secundário distrai-me. Espero dos outros as soluções que não construo. Destruo o que não me destroi, na ânsia do que me desfoca.
E esta chuva que me inunda a alma em jorros de insanidade. Sinto-me a enlouquecer. Deixei de acreditar em mim, no que faço. Deixei de acreditar na consequência do que faço. Deixei... escapar-te entre os dedos... porque não tinha força para suster-te nas mãos. Como se a areia pesasse toneladas e os dedos cedessem.
Não consigo pensar nem ser razoável, como sempre fui. Tudo me magoa, me atinge... apetece-me chorar toda esta chuva, inundar campos de lágrimas. Para que floresçam malmequeres e papoilas fortes e viçosas de emoções choradas, mortas.
Tudo se mistura numa amalgama indistinta de amores, família, trabalho. Tudo.
Lembro-me do teu queixo a tremer, meu filho, enquanto resistias a deixar correr nem que fosse uma lágrima. Bastava um sopro nessa altura e elas correriam numa torrente libertadora. O pai também não consegue chorar... nem sei bem porquê. Mesmo assim resististe quase cinco minutos. Não pensei que tivesses endurecido tanto.
Também me lembro da tua alegria, do teu sorriso.
Um dia vamos chorar e rir de tudo isto. Um dia vamos rir.
Ainda não faz um ano que andava por aí um fulano a interpretar o personagem de primeiro ministro. Ainda nem há um ano "estávamos todos bem", com o desemprego a aumentar, mas embuidos de um optimismo inspirado por esse ator. Afinal de contas, "não era possível que nos estivesse a enganar tão enormemente"!
Pois é, mas estava! Ia pedindo cada vez mais dinheiro emprestado para pagar as inúmeras obras que tinha de contratar aos "amigos". Até que mais ninguém lhe quis emprestar ao juro a que estava habituado... sem dinheiro, é mais difícil fazer política... decidiu ir estudar filosofia para a Sorbonne. Parece que à terceira conseguiu entrar no curso, recorrendo à influência (vulgo cunha) do embaixador...
Para trás deixa-nos a nós, portugueses de gema e seus conterrâneos, a braços com uma das piores e mais graves crises desde que há democracia em Portugal. A troco de um novo museu dos coches de proporções bíblicas, de uma barragem no Tua que irá produzir para uma população inexistente, de parcerias nos hospitais públicos, deixa-nos na maior miséria. Enquanto Vara e Coelho recebem cerca de 700.000€ por ano cada, os portugueses vêm-se a braços com níveis de desemprego record, com desigualdades sociais de que não tenho memória.
Quando li esta notícia no jornal fiquei chocado. “Preciso de pôr comida na mesa”. Quando o que está em questão é a fome, é a vida dos que nos são queridos, vale tudo. Mas até no desespero existe dignidade, o ladrão não fez mal à empregada, pediu-lhe o dinheiro e saiu.
A alienação da realidade, a mais absoluta inconsciência deste "senhor engenheiro", trouxe-nos a isto. A maior indignidade, o abuso de poder. Prenda-se o senhor engenheiro por malfeitorias à nossa pátria. Nacionalizem-se as suas contas na Suíça e moralizem-se os cargos de gestor das empresas públicas!
Se alguém me estiver a ouvir, esqueçam a ideia de reduzir o horário dos transportes, ok!!? Esqueçam!
A realidade ultrapassa sempre a ficção. Ainda foi mais estúpido do que imaginei. Uma visita do pai à própria filha rodeada de gente a escrutinar cada gesto, humilhante para todos os que lá estiveram... só os pais não era suficiente? Deixo o video do que aconteceu.
A notícia saiu no jornal sem qualquer enfase em especial, escrita num tom quase monocórdico.
Resumindo, uma criança de 4 anos assiste ao avô a matar o pai, depois deste conseguir a visita da filha após longas demandas em tribunal. Pai advogado, mãe juíza em Ílhavo (terra que até conheço), num portugal supostamente desenvolvido.
Até onde pode ir a cegueira de alguém? O que terá passado pela cabeça do avô? E do pai? E da menina?
Vidas destruídas em nome da "razão". Estupidamente, sem nenhum brilho, sem um rasgo de lucidês.
De repente, pus-me a imaginar os contornos da situação... nem sei o que se passou, nem o que terá justificado o ato.
.........
O sacana anda há tanto tempo sem pagar a pensão de alimentos. Trabalha com recibos verdes, não declara o que ganha e ninguém o consegue obrigar a pagar a pensão. Nem o tribunal! Quem é que precisa de recibos de um advogado?
Agora quer visitar a menina!? Eu vou lá mostrar-lhe que não pode fazer o que quer. Pensa que manda em quem?
É melhor levar a arma, não vá o tipo passar-se e querer levá-la... tão pequenina, nem percebe o pai que tem.
- Já te disse que sou eu que vou, se lhe dá para a querer levar, para fugir, vais fazer o quê? E o avô gosta demasiado de ti para deixar que te levem, não é querida?
Vai correr tudo bem, mas se ele se arma em parvo vai-me ouvir! Recebi-o em minha casa como se fosse um filho, não tem o direito de vir gozar com as pessoas! Não dá nada e quer ver a menina!?
- Vamos lá querida. Não percebes nada do que se está a passar não é? Vamos ver o teu pai. Anda.
Queria que me afastasse para estar com a menina. Queria ir para perto do carro. Eu percebi bem o que ele queria. A menina começou a chorar, a discussão estalou, quis dizer-lhe duas ou três coisas. Ele respondeu sem respeito nenhum, sem nenhuma consideração. Usa as pessoas como se fossem toalhetes.
- Já disse que fico aqui! Largue a menina, a visita acabou! Você não me empurra!!! Largue-me!!
Pam, pam, pam, pam, pam!!!!!!!!
O silêncio... nenhum ruído, nem pássaros, nem cães. O trânsito parou...
.........
Finalmente vou ver a minha filha!! Tenho tantas saudades dela, das mãozinhas, das bochechas, da voz...
Pensavam que me podiam impedir de estar com ela, mas o tribunal deu-me razão! Seja lá onde for, em casa, num sítio público, no cinema, na prisão, tenho o direito de estar com a Cláudia.
Nunca me deixam ver a miúda mas exigem que pague a pensão!? Bem os tramei! Sempre tiveram dinheiro, se querem luxos, que paguem!
Por esta altura já lhe fizeram a cabeça, que o pai é mau, que não gosta dela, que se gostasse não fazia estas coisas... a ver vamos.
- Vou buscar a Cláudia, está-me mesmo a apetecer um abraço dos dela.
Bolas! Cheguei 15 minutos adiantado ao largo. Vou comprar cigarros e o jornal. Trouxe um boneco para ela. Que nervos esta espera.
Lá vêem eles, nem vou falar ao velho.
- Cláudia!!! Dá cá um beijo!
- Cláudia! Anda cá ao pai. $#%"
- Já lhe fizeram a cabeça, nem um beijo me dá!?
Baixou-se e abraçou-a. Apertou-a contra si, contra o seu peito.
- A mãe? Pergunta a Cláudia.
- Agora estás aqui com o pai. Anda até ali para estarmos os dois sozinhos.
- Não me apertes pai! Mãe!!! Começa a chorar.
O avô pega num braço da Cláudia e diz que a visita acabou.
- Era o que faltava!!! Estou há 4 meses sem a ver e agora levam-na ao fim de 2 minutos!? Eu sou o pai dela e ela vai ficar aqui comigo.
Empurrei o velho... a Cláudia chora... não tem que se meter entre pai e filha!
- Pensam que são donos dela, mas é a MINHA filha! Eu é que devia autorizar se estão com os avós ou com quem quer que seja!!!
- Pára de chorar e anda cá.
O velho reage com insultos, leva a mão ao bolso, tira uma coisa preta e oiço uma série de estrondos. Que estranho... de repente o silêncio... sinto-me empurrado para trás e estou a ficar sem força... que estranho... sinto a camisa molhada... caio no chão... a Cláudia liberta-se da minha mão... não vás! Ainda nem te dei o boneco...
Madeleine Peyroux - Dance me to the end of love
Meus amigos e amigas. Para comemorar o meu centésimo blog, venho "postar" (adoro este neologismo!!! ) um texto que não é meu e também não sei de quem é.
A verdade é que o achei delicioso, de morrer a rir. Por isso vale a pena. Quem quiser opinar, já sabe o que fazer.
Estava eu a ver TV numa tarde de domingo, naquele horário em que não se pode inventar nada para fazer, pois no outro dia é segunda-feira, quando a minha esposa se deitou ao meu lado e começou a brincar com minhas "partes".
Após alguns minutos ela teve a seguinte ideia:
- Por que é que não me deixas depilar os teus "ovinhos", pois assim eu poderia fazer "outras coisas" com eles.
Aquela frase foi igual a um sino na minha cabeça. Por alguns segundos imaginei o que seriam "outras coisas". Respondi que não, que doeria coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação e eu a imaginar as "outras coisas", não tive argumentos para negar e concordei.
Ela pediu-me que me pusesse nu enquanto ia buscar os equipamentos necessários para tal feito. Fiquei a ver TV, porém a minha imaginação vagueava pelas novas sensações que sentiria e só despertei quando ouvi o beep do microondas.
Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns pedaços de plástico. Achei estranhos aqueles equipamentos, mas ela estava com um ar de "dona da situação" que deixaria qualquer médico urologista sentir-se um principiante.
Fiquei tranquilo e autorizei o restante processo. Pediu-me para que eu ficasse numa posição de quase-frango-assado e libertasse o aceso à zona do tomatal.
Pegou nos meus ovinhos como quem pega em duas bolinhas de porcelana e começou a espalhar a cera morna. Achei aquela sensação maravilhosa! O Sr. "tolas" já estava todo "pimpão" como quem diz: "Sou o próximo da fila!"
Pelo início, imaginei quais seriam as "outras coisas" que aí viriam. Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou-os no plástico com tanto cuidado que eu achei que ia levá-los de viagem. Tentei imaginar onde é que ela teria aprendido essa técnica de prazer: Na Tailândia, na China ou pela Internet?
Porém, alguns segundos depois ela esticou o "saquinho" para um lado e deu um puxão repentino. Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro "PUUUUTA QUEEEE PARIUUUUUUU", quase gritado letra por letra.
Olhei para o plástico para ver se a pele do meu tin-tin não tinha vindo agarrada. Ela disse-me que ainda restavam alguns pelinhos, e que precisava repetir o processo. Respondi prontamente: Se depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!
Segurei o Sr. Esquerdo e o Sr. Direito nas minhas respectivas mãos, como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazónica em extinção, e fui para a banheira. Sentia o coração bater nas "pendurezas".
Abri o chuveiro e foi a primeira vez na minha vida que molhei a salada antes de molhar a cabeça. Passei alguns minutos deixando a água gelada escorrer pelo meu corpo. Saí do banho, mas nestes momentos de dor qualquer homem se torna num bebezinho: faz merda atrás de merda. Peguei no meu gel pós-barba com camomila "que acalma a pele", besuntei as mãos e passei nos "tomates".
Foi como se tivesse passado molho de piri-piri. Sentei-me no bidé na posição de "lavagem checa" e deixei a água acalmar os ditos. Peguei na toalha de rosto e abanei os "ditos" como quem abana um pugilista após o 10° round.
Olhei para meu "júnior", coitado, tão alegrezinho uns minutos atrás, e agora estava tão pequeno que mais parecia o irmão gémeo de meu umbigo.
Nesse momento a minha esposa bate à porta da casa de banho e perguntou-me se eu estava bem. Aquela voz antes tão aveludada e sedutora ficou igual a uma gralha. Saí da casa de banho e voltei para o quarto. Ela argumentava que os pêlos tinham saído pela raiz, que demorariam a voltar a crescer. Pela espessura da pele do meu tin-tin, aqui não vai nascer nem sequer uma penugem, disse-lhe.
Ela pediu-me para ver como estavam. Eu disse-lhe para olhar mas com meio metro de distância e sem tocar em nada, acrescentando que se lhe der para rir ainda LEVA!!
Vesti a t-shirt e fui dormir, sem cuecas. Naquele momento sexo para mim nem para perpetuar a espécie humana.
No outro dia de manhã, arranjei-me para ir trabalhar. Os "ovos" estavam mais calmos, porém mais vermelhos que tomates maduros. Foi estranho sentir o vento bater em lugares nunca d'antes soprados.
Tentei vestir as boxers, mas nada feito. Procurei algumas mais macias e nada. Vesti as calças mais largas que tenho e fui trabalhar sem nada por baixo.
Entrei na minha secção com uma andar igual ao de um cowboy cagado. Disse bom dia a todos, mas sem os olhar nos olhos, e passei o dia inteiro trabalhando de pé, com receio de encostar os tomates maduros em qualquer superfície.
Resultado, certas coisas só devem ser feitas pelas mulheres. Não adianta nada tentar misturar os universos masculino e feminino.
Autor que desconheço
PS: Só de imaginar, arrepia!!!!! Bem haja o autor, por tão sábias palavras!!!
Tenho andado a aborrecer a malta com textos de 2ª categoria sobre uma coltura ( ) que não conhecem... por isso, chegou a hora do recreio.
Lei da Gravidade:
Se conseguires manter a frieza quando todos à tua volta estão a perder
a cabeça, provavelmente é porque não estás a perceber a gravidade da
situação.
Lei dos Cursos, Provas e Afins:
80% da prova final será baseada na única aula a que não foste e no
único livro que não leste.
Lei da Atracção de Partículas:
Toda a partícula que voa encontra sempre um olho aberto.
Esperem... preparem-se. A sério!!! Eu já tinha ouvido na rádio mas é essêncial ver o video clip. É pimba... e do bom!
Nem vou fazer comentários para não vos influênciar, só vos digo que ri e chorei ao mesmo tempo.
Quem é amigo, quem é!?!?!
PS: É só para pessoas sem complexos de ouvir uma musiquita pimba uma vez por outra.
Hoje li:
"Que as pulgas de mil camelos infestem o rabo de quem te quer mal"
É uma frase poderosa!
Isto é que é ser amigo de alguém!
Passados 3 anos... finalmente FÉRIAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Preciso de um psicólogo que me trate, anda tudo maluco e eu não devo ser excepção!
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. Férias