O mundo mudou. A liberdade que antes sentíamos já não existe. Os limites que antes sentíamos também mudaram de sítio.
E esta sensação de ter vivido alguns momentos únicos como se fossem eternos, como se fossem estar lá sempre. Como se o Live Aid fosse acontecer todos os anos, como se a queda do muro de Berlin fosse natural, e a seguir a ela o fim do apartheid e o caminho fosse sempre no mesmo sentido. O caminho da justiça e da compreensão e tolerância.
Olho para trás e esta é a única coisa de que me arrependo. Não ter tido a noção de que eram momentos únicos e que tinham de ser vividos e compreendidos na sua totalidade.
De onde surgiram estas pessoas com trajes adaptados aos desertos, que enchem as cidades ocidentais que não construíram nem entendem? De onde lhes vem a legitimidade que seguramente sentem para destruir o que não entendem?
Há um qualquer factor de humanidade que nos esquecemos de lhes preencher. Algo que lhes faça sentir o propósito da sua existência e retire o sentido ao gesto de se fazer explodir.
Destruir não é um bom objectivo de vida, mesmo que seja a própria vida.
U2 - Where the streets have no name
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